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        Sagrado Feminino

 

   Religião da Deusa, Bruxaria, Antiga Religião, Religião da Deusa ou simplesmente A Arte, são nomes usados para referir-se à antiga crença de que todo o Universo faz parte do corpo de uma Divindade imanente que é vista como a Grande Mãe, a Deusa que o cria e nutre. A Divindade que era Una no princípio e que criou a manifestação dividindo-se primeiro em Feminina e Masculina e então a partir do Amor entre esses dois princípios multiplicou-se em inúmeras formas sem, no entanto, jamais perder a Unidade. Por este olhar tudo que existe e parece múltiplo, finito e separado é na verdade parte da mesma Divindade una e infinita. Somos parte da Deusa, somos parte da força criadora do universo. Somos por isso também criadores de nossos universos próprios, cheios de magia e poder. Somos encantados.

    A Deusa é a Mãe Terra sobre a qual existimos e, ao caminhar, estamos pisando o corpo dela, aqui e agora. Também é a abóbada celeste e cada um dos astros sobre as nossas cabeças. Tudo o que existe é parte dela e esse todo existe dentro de nós. Ela governa as forças de criação, manutenção, destruição e recriação. Ela muda tudo que Ela toca e mantém o Universo em movimento com a sua dança de vida!  Para a Religião da Deusa cada pessoa, animal, planta ou pedra tanto é parte do corpo e espírito da Deusa Mãe quanto é um espírito em si, um ser individual com vontade própria. Somos sagrados. Cada um de nós é como um fractal da própria Divindade criadora e nos conectarmos com essa consciência é uma Arte.

 

    A minha Arte tem ênfase em cura e autoconhecimento. Tem muito de Egito e dos Mistérios alquímicos porque sou filha de Ísis, minha Deusa madrinha. Assim como Ísis, a minha Arte junta coisas que parecem separadas, reinventa e recicla, me ressuscita com iniciações em mim mesma. É feita de mergulho e partilha e é Caminho de vida-morte-vida em que tudo se celebra porque tudo é iniciação e autoconhecimento. Na Arte eu me recrio até me tornar Eu mesma.

 

                 Celebração

    Celebramos a vida, e vida é feita de ciclos. Ciclos são o que nos faz férteis e celebramos a fertilidade da Terra e das nossas vidas. Celebramos nossa conexão com a natureza e nosso poder pessoal, nossa capacidade criadora. Celebramos a alegria, mas também a perda porque ela traz maturidade. Celebramos nossa luz e aprendemos com nossa sombra. Celebramos a possibilidade de aceitar e integrar a nós mesmos.

   Vejo hoje a Arte sobretudo como celebrar a aceitação de mim mesma, da vida, das pessoas e do universo como cada um é, vivendo em plenitude o momento presente e chamando para mim mesma a cada momento o meu poder pessoal de criadora da minha própria experiência e aceitando também a grande responsabilidade que isto significa. Celebrar tudo isto é uma aceitação amorosa, um olhar de compaixão pela perfeita imperfeição das coisas e pelo eterno estado de crescimento e de caminhantes de todos nós. Somos quem somos e está tudo certo.

 

 

O Amor como um Caminho

     Bruxa, terapeuta, encantadora de histórias, alquimista de emoções e caminhante da vida. Sou uma escorpiana mutante, misto de borboleta e fênix, que se reinventa de tempos em tempos. Alterno tempos de casulo e voo, olhar para dentro e partilhar, na respiração do meu fluir. Sou artista e obra a um só tempo.

 

   Na Arte a gente cresce para dentro de si mesmo e um dia um Sol nos brilha de dentro do coração e explode pela boca. Quando ele brilha e salta para fora acaba por dizer uma palavra só, Amor. Esse sol é um tesouro, o maior do mundo, ouro que não se perde. As emoções são a matéria prima que misturamos com a verdade para seguir no rumo desse ouro.

 

   O Caminho é infinito, sempre é possível transbordar um pouco mais. Os sóis também crescem, há estrelas de muitas grandezas. É da condição humana estar a caminho. Onde quer que se chegue, um caminho novo se abre. Caminhamos sempre. Este tem sido o caminhar do meu Sacerdócio, em que a Deusa me guia. Olhar dentro de mim sempre, em minha Alma colher flores para encantar e compartilhar. 

 

 

 

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