
ANDROGINIA
I
O Amor é o que une todos os diferentes, reconcilia os opostos, nos retorna à Unidade Divina, nosso lar!
A história do Hermafrodito nos conta sobre isso: inicialmente éramos seres com dois sexos, quatro pernas e quatro braços (os 4 braços das divindades tântricas indianas remetem ao fato de que eles realizaram a unicidade andrógina)!
Mas então os Deuses ficaram com inveja da felicidade desses seres completos o os dividiram ao meio deixando-os com uma eterna sensação de incompletude e buscando a sua metade perdida, sua alma gêmea! E assim o mito da alma gêmea nasceu e tornou-se o sonho dos românticos de todo o mundo que vivem em busca do verdadeiro Amor!
Mas não é possível encontrar verdadeiro Amor num relacionamento satisfatório se não houver igualmente um relacionamento satisfatório entre as polaridades internas da própria pessoa! A busca na verdade não é pela Alma gêmea em uma pessoa fora, é pela integridade da Alma pelas núpcias alquímicas com o gênero oposto que está na sombra
Estamos acostumados com o binarismo da nossa língua e cultura, mas isso na verdade é uma ilusão da nossa mente condicionada pela dualidade, não é real! Não somos mulheres OU homens, femininos OU masculinos, e certamente isso não é definido por nossos corpos. Embora a Deusa e o Sagrado Feminino tenham sido minha porta de entrada, o Sagrado Masculino foi acrescentado tanto na minha prática espiritual quanto na minha percepção de mim mesmo. Definitivamente o Amor nos leva a conjunções aditivas, somos uma coisa E outra...
O Amor é conosco,
Sacerdotis@ Lira